Enfim chegou o mais esperado dia, foram 30 anos
de espera - certamente um record
negativo, mas que só aumentou o prazer contido até
que o momento se concretizasse -, totalizando 45 participações
em competições por todas as modalidades do futmesa,
e o FLAMENGO
finalmente é CAMPEÃO, conquistando
o seu primeiro título na FIFME, "desvirginando-se"
como dizem na gíria. E não foi qualquer tacinha não,
foi logo a de CAMPEÃO MUNDIAL, a conquista
do II
Mundial Interclubes de Beach Soccer com um PERFECT!,
ou seja, campeão com 100% de aproveitamento (duas vitórias
em dois jogos), melhor ataque com 10 gols e o artilheiro máximo
da competição: Adriano, autor de
6 tentos, sendo 4 deles na grande final diante do Manchester City,
feito que também o elegeu como melhor jogador do mundial.
Foi um título para lavar a alma do torcedor rubro-negro,
para fazer a festa da urubuzada como nunca antes se havia visto.
E, para quebrar o tabu com ainda mais maestria, o Flamengo
também foi condecorado com o award
de campeão da Interclubs Season 2012, entrando
para o restrito Hall
da Glória da Praia. Não poderia ser melhor...
Poderia sim, como campeão mundial, o time da gávea
garantiu a última vaga para participar da Copa
dos Campeões da Praia, apontada como a "maior competição
do beach soccer", que reúne somente os maiores campeões
da categoria, e o Flamengo está lá. A competição
encerra a 2ª geração de disputas da praia, um
ciclo que envolveu 38 competições e lança a
categoria em uma nova era, com várias novidades, principalmente
nas regras, como o banimento do goleirinho e do empate, regras que
já vigoraram no mundial vencido pelo Mengo que, além
de tudo, torna-se o primeiro botão gaúcho, semi-profissional,
a vencer uma grande competição, que o colocou, como
campeão
mundial, na maior de todas, a Champions, será que essa
dá pro Fla? O que se sabe é que, do Mengo - o novo,
sem o peso do tabu, o campeão -, não se pode mais
duvidar de nada...
A campanha do Flamengo, o Perfect!, iniciou com uma vitória
sobre o Grêmio, adversário carrasco do rubro-negro
no II
Brasileirão, quando, na ocasião, acabou eliminado
nas semifinais e os gaúchos sairam com o título. No
mundial, o troco. Abrindo logo dois gols de vantagem no início
da partida, o Flamengo apenas administrou o nervosismo do tricolor
gaúcho, saindo com a vitória e a vaga para a grande
final da mais importante competição interclubes da
praia. 4x2 foi o placar final.
Na
final, o adversário foi o Manchester City. Bi-campeão
europeu, o time inglês era franco-favorito para a conquista,
uma vez que enfrentava o "desconhecido" Flamengo, time
que não possuia nenhuma conquista na praia até então,
que se classificara para a competição como vice-campeão
da Liga
Interclubes, e o City já havia deixado para trás
o campeão da Liga, o Fluminense, então porque se preocupar
com o vice?
Porque o vice tinha o artilheiro Adriano no time. Louco para "calar
a boca" de todo mundo, o Imperador começou a decisão
de cara marcando três gols na etapa inicial, deixando o time
inglês atônito na arena, a partir daí, a tática
do time carioca foi a mesma usada diante do Grêmio, de explorar
o desespero do adversário que, na etapa segunda, ainda tentou
reagir, diminuindo a contagem para 4x2.
No 3º tempo, o Flamengo ampliou, mas o City voltou a marcar
e, com um gol contra, anotado pelo goleiro Hart, encostou no marcador.
Mostrando frieza, o Flamengo soube prender a bola nos instântes
finais até que, na última finalização,
fez o gol histórico, que selava a primeira conquista do time
em 30 anos de FIFME, soltando um grito que estava preso na moela
desde 1982 - a mais longa fila
até hoje registrada: o Flamengo não faz mais parte
dela. |
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