Ao menos no início, a França ainda demontrou
força para brigar pelo inédito título.
Sem esmorecer com o gol sofrido, buscou o empate com Platini,
depois que Zidane roubou uma bola e armou a jogada do time gaulês,
à 3m32s. À partir do gol, os le bleus
dominaram as ações da partida, tiveram várias
oportunidades para virar o marcador, entretando esbarraram no
goleiro Jongbloed, que fez grande atuação, e no
próprio nervosismo, desperdiçando várias
finalizações. Em uma das poucas subidas para o
ataque, no último lance da primeira etapa, a Holanda
conseguiu armar boa trama pela direita e, da mesma posição
do tento anterior, fez 2x1 com Rep, à 9m54s, à
apenas 6 segundos do apito do árbitro, o brasileiro Dulcídio
Wanderley Boschilla.
O gol nos segundos finais do 1º tempo parece ter sido
um duro golpe para a França, do qual o time parece não
mais ter se recobrado. O time da Gália voltou psicológicamente
abalado para a etapa complementar e fez péssima partida.
Ameaçando pouco a meta laranja, viu sua adversária
crescer e dominar completamente a metade final da final. Em
mais um contra-ataque, no qual a França simplesmente
entregou a bola para a Laranja, o zagueirão Rigsbergen
apareceu para finalizar e marcar o 3º do time, à
13m28s. À partir daí, a França somente
assistiu a Holanda passear em campo e construir a sua goleada.
Do 3º gol em diante, o que se viu em campo foi um show
holandês, típico dos idos do carrossel - época
em que o time conquistou o bi-mundial -, nem se lembrava mais
que a Holanda desta Copa foi o time do pragmatismo, do futebol
força, o time mais violento do mundial.
No desepero francês, Bossis cometou falta na meia-lua
do goleiro Castaneda, na cobrança, Van Hanegen bateu
com força no travessão, a bola subiu, pingou no
chão, bateu na trave e, com o goleiro francês caído,
sobrou limpa e açucarada para Resembrink estufar a rede:
à 18m50s era o gol do tri holandês. Mas a Holanda
ainda achou tempo para marcar mais um, da mesma forma como no
final da etapa anterior, marcou boa trama na última descida
da equipe na qual a bola ficou limpa para Cruijff finalizar
pelo meio próximo à meia-lua francesa e marcar
o gol de misericórdia, à 19m45s. O gol premiou
a excelente atuação do craque holandês,
além de marcar o tento que abrira o caminho para a conquista
do tri, Cruijff comandou a laranja durante
todo o jogo, assim, após o término da partida
e a conquista consumada, o lendário camisa 14 holandês
recebeu o prêmio de Bola-de-Ouro,
sendo assim, consagrado como o melhor jogador da Copa. O prêmio
foi justo para aquele que comandou a equipe não só
da final, mas durante todo mundial, sendo o artilheiro do time
com 9 gols, entretanto, injusto para um jogador que, em duas
oportunidades na competição, fora expulso de campo
por cometer faltas violentas. Para sorte dele e dos seus fãs,
com a bela atuação na final, acabou compensando
seu lado viril e com um belo futebol, um futebol digno de um
time tri-campeão mundial.
No apito do árbitro, festa laranja, como há muito
tempo não se via na FIFME, desde a época do bi
- época na qual a federação ainda se intitulava
FIFA. Não há como descrever com palavras o êxtase
do time e da torcida, que invadiu o gramado do estádio
Nacional, e fez uma festa que se extendeu para toda Santiago
e atravessou o Atlântico até os Países Baixos.
Mesmo que poucos pudessem acreditar, a Holanda - justíssimamente
- é, a partir de agora e para todo o sempre, tri-campeã
mundial. Veja abaixo as fotos da final e as inesquecíveis
imagens da festa e da conquista holandesa, a única descrição
que podem fazer júz a este épico final de mais
um mundial.
A TV FIFME, que cobriu a derradeira partida de forma magistral,
com cobertura do VT
completo da partida, além de celebrar o evento final
da Copa, celebrou a marca de sua 100ª transmissão,
o que não poderia se dar de forma mais sensacional, a
marca atingida no maior e centenário broadcast
da emissora.
Novos Rankings: Holanda re-assume o topo no Ranking
das Copas, e também o do mais novo Ranking de Títulos
das Copas
Após o término da Copa, a FIFME, como previsto
em seu regulamento,
publicou novos rankings,
incluíndo o principal, o Ranking de Inverno (o "inverno"
da FIFME refere-se à este momento específico do
Grand Slam, ou seja, a pontuação das seleções
ao término da Copa do Mundo). No Ranking
das Copas, a Holanda retomou a liderança
que lhe pertencia desde a 1ª Copa e lhe fora roubada na
última, ocasião na qual a Itália se igualou
à Laranja chegando ao bi-mundial. A federação
também publicou um novo ranking, o Ranking
de Títulos das Copas, que inclui a pontuação
de todas seleções que já chegaram entre
os 3 primeiros colocados em todas as Copas. Com o tri-campeonato,
a Holanda, óbviamente, também
lidera este novo ranking seguida de Itália e Brasil,
as nações que já foram campeãs mundiais.
A Holanda também assumiu a liderança no Ranking
de Títulos geral da FIFME e na pontuação
de momento da Corrida
dos Campeões do VII
Grand Slam.
Infelizmente para a Laranja, o tri não foi suficiente
para galgá-la novamente ao topo do Ranking
Oficial da FIFME, mas o time ultrapassou a Alemanha e colou
no ainda líder Brasil. A Itália
se manteve em 4º lugar. Outras seleções que
tiveram bom desempenho na Copa também se destacaram no
novo ranking, a Grécia - campeã do Torneio
de Consolação -, por exemplo, subiu para a
12ª colocação e a França - vice-campeã
-, alcançou o 5º lugar.
A FIFME aproveitou a ocasião para atualizar também
o Ranking
de Vitórias - agora editado de forma datada -, de
clubes e seleções. No âmbito de seleções,
a Alemanha perdeu sua até então supremacia e foi,
depois de 26 anos, ultrapassada pelo Brasil.
Entre os clubes, o então líder Vasco da
Gama agora divide a liderança em número
de vitórias com os blues do Chelsea.
Por fim, também obedecendo ao novo formato do ranking
de vitórias, foi atualizado o Ranking
de Gols, que igualmente engloba seleções e
clubes. Novamente, a Alemanha viu sua supremacia de 26 anos
ser vencida pelo Brasil que, assim, passa a
ser o time, além de mais vitorioso, o mais goleador da
FIFME neste novo e inédito momento. Brasil e Alemanha
ainda são as únicas seleções que
já ultrapassaram a marca dos mil gols. Entre os clubes,
o Vasco da Gama retomou a liderança
que havia lhe sido roubada no final de 2009 pelo Chelsea, que
fica na segunda posição.