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A escola do Jornalismo Literário surge na imprensa européia no século 19, consolidando-se na mídia norte-americana nos anos 40. Nos Estados Unidos, a tendência tem seu auge nos anos 60 com expoentes como Tom Wolfe, Truman Capote, Gay Talese e Norman Mailer - jornalistas-escritores que publicavam seus trabalhos em revistas como Esquire e New Yorker.

A corrente influencia jornalistas de todo o mundo. No Brasil, a revista Realidade – sobretudo no período de 1966 a 1968 – e o Jornal da Tarde são os principais exemplos.

Esta modalidade defende a prática da reportagem, grande-reportagem e do ensaio jornalístico de forma mais ampliada do que a realizada pela escola do jornalismo convencional, que possui estruturada mais rígida, como o emprego do lide.

O Jornalismo Literário não abre mão da apuração ética e criteriosa utilizada na cobertura noticiosa. Contudo, possui ferramentas que permitem ao repórter captar a realidade com mais profundidade. Além disso, oferece recursos inspirados na literatura que permitem a construção de narrativas mais atraentes. O resultado são textos envolventes, criativos, humanizados e sintonizados com tendências contemporâneas, como a responsabilidade social.

Outro diferencial é o resgate do texto de autor, visto que o jornalista literário possui maior liberdade temática na sugestão da pauta e angulação, na captação da informação e na redação e edição do texto.

Hoje o veículo por excelência do Jornalismo Literário é o livro-reportagem. Contudo, exemplos da modalidade podem ser encontrados em veículos impressos, eletrônicos e documentários feitos para o cinema. É o caso das matérias realizadas pelo jornalista José Hamilton Ribeiro e para o programa Globo Rural.

Última atualização: 26/09/2005