FACULDADE CÁSPER LÍBERO
COORDENADORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO
PROGRAMA DE MESTRADO EM COMUNICAÇÃO
RELATÓRIO DE QUALIFICAÇÃO PARA DEFESA DE
DISSERTAÇÃO
PROF. DR. DIMAS ANTONIO KÜNSCH
Pedro Luiz de Oliveira Costa Bisneto
R.A. 07000979
Sumário
1. Aproveitamento
nas Disciplinas
4. Dissertação –
Elementos pré-textuais e Introdução
1.1
Metodologia de Pesquisa em Comunicação
Docente
Responsável: Prof. Dr. Laan Mendes de Barros
Ementa: Desenvolver
referenciais teórico-metodológicos para estudo de fenômenos da Comunicação
Social, valorizando o exercício de pesquisa. Refletir sobre o fazer científico,
buscando subsidiar a definição do objeto, da problemática e dos instrumentos
necessários para realização da pesquisa. Orientar a elaboração de Projetos de
Pesquisa para Dissertação de Mestrado. Proporcionar condições para que os
alunos discutam coletivamente suas dificuldades e avanços na elaboração de seus
Projetos de Pesquisa.
A
Metodologia do Trabalho Científico. Comunicação: Ciência e Objeto. Paradigmas
teórico-metodológicos no estudo da Comunicação Social. Métodos e Técnicas de
Pesquisa. Diferentes tipos de pesquisa. Planejamento de pesquisa (Instâncias e
Fases). Elaboração de um projeto de pesquisa com vistas à Dissertação de
Mestrado. Etapas e exigências acadêmicas no Mestrado (os exames de Qualificação
e a Defesa de Dissertação). A redação e a edição da Dissertação de Mestrado.
Linha
de Pesquisa: Disciplina Obrigatória
Bibliografia:
AZEVEDO,
Isabel Belo de. O prazer da produção científica.
São Paulo: Hagnos, 2001, pp. 76-79; 130-187.
BARROS, Laan
Mendes. Comunicação na Contemporaneidade:
perspectivas de um curso de mestrado in
Revista Líbero nº 17. São Paulo:
Biblioteca Prof. José Geraldo, junho de 2006, pp. 9-20.
BARROS, Laan
Mendes de. O objetivo de se fazer pesquisa
e o objeto da pesquisa que se faz in
Revista Communicare – Ano 1, nº 1, São Paulo: Cásper Líbero,
2001, pp. 227-241.
BARROS, Laan
Mendes de. Para que pesquisar?
Comunicação: uma ciência aplicada in
Epistemologia da Comunicação, Revista
Comunicação Contemporânea nº 1, São Paulo: Loyola, s.d.
DESCARTES, René. Discurso do método. Floresta-RS: L&M Pocket, 2005.
HIRANO, Sedi
(org.). Pesquisa social – projeto em
Ciências Sociais, 3ª Ed. São
Paulo: Atlas, 1995, pp. 21-88.
MICHALISZYN, Mario
Sergio e TOMASINI, Ricardo. A elaboração de monografias e artigos científicos:
orientações e normas para apresentação in
Pesquisa: Orientações e normas para
elaboração de projetos, monografias e artigos científicos. Petrópolis-RJ:
Vozes, 2005, pp. 67-126.
SEVERINO,
Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico.
São Paulo: Cortês, 2002.
Trabalho(s)
Realizado(s):
·
Relatório de Defesa de Banca de Mestrado (Cásper
Líbero) de Patrícia Mendes: “Cidadão Eletrônico – a TV Regional como
Protagonista”;
·
Finalização do anteprojeto de estudo “A
Internet e a Crise do
Aproveitamento:
O
fato de esta matéria ser obrigatória já explica o seu vinculo direto com o nosso
projeto de pesquisa de mestrado, bastando acrescentar apenas alguns detalhes.
Nesta disciplina pudemos formatar melhor o nosso projeto de pesquisa, focando-o
mais precisamente em seu objeto de estudo, formatando-o, inclusive, dentro de
seu campo epistemológico. O contato com outras experiências de defesas de dissertações
e teses, incluindo a elaboração de um relatório de banca de mestrado que
assistimos e também a análise de outros relatórios de qualificação e
dissertações, além das nuanças metodológicas apresentadas pelo professor no
decorrer do curso, foram fatores de suma importância para o amadurecimento do
projeto de pesquisa que agora se apresenta. As leituras indicadas pelo
professor e suas dicas imprescindíveis foram de importância estratégica para o
levantamento do “Estado da Arte” de nossa pesquisa e na busca de referenciais
teóricos para melhor compreensão do nosso tema de estudo e de como abordá-lo. O
referencial metodológico apresentado pelo docente dessa disciplina foi-nos útil
na elaboração de todos os trabalhos posteriormente redigidos durante o curso de
mestrado, assim como neste relatório e assim como será na nossa dissertação. A
leitura da obra clássica de René Descartes, “Discurso do Método”, foi ponto-chave para gerar novas conexões
cerebrais por onde os pensamentos fundamentais para um pesquisador passarão durante
a empreitada do desafio que se apresenta na forma dessa pesquisa que agora ousamos
encarar.
Nota
Final: B
1.2 Mídia
e Sociedade Contemporânea
Docente
Responsável: Prof. Dr. Cláudio Novaes Pinto Coelho
Ementa: Esta disciplina
pretende realizar, junto com os alunos, uma reflexão crítica a respeito das
características atuais do capitalismo; em especial as mudanças nas práticas
comunicacionais, o desenvolvimento tecnológico e a disseminação social da
lógica mercantil. Essas características serão abordadas a partir de uma perspectiva
histórica e por intermédio de autores de diferentes correntes teóricas do
estudo da Comunicação. Será dada especial atenção, também, à investigação da
situação atual da indústria cultural e da presença de mensagens caracterizadas
pela combinação de informação e de entretenimento.
Linha
de Pesquisa: Disciplina Geral
Bibliografia:
ADORNO, Theodor
e HORKHEIMER, Max. Dialética do esclarecimento. Rio de Janeiro:
Zahar, 1985, pp. 113-156.
ALTUSSER, L. Ideologia e aparelhos ideológicos de Estado
in Zizek, S. (org.) – Um Mapa da Ideologia, Rio de janeiro:
Contraponto, 1996, pp. 105-142.
BARTHES, R. Mitologias. São Paulo: DIFEL, 1980, pp.
131-178.
BAUDRILLARD, J. Simulacros e simulação. Lisboa: Relógio
D’água, 1997, pp. 7-14; 97-113.
BAUDRILLARD, J. Tela total. Porto Alegre: Sulina, 2003.
BENJAMIN, Walter. A obra de arte na época de suas técnicas de reprodução
in Temas Escolhidos. São Paulo: Abril, 1975, pp. 9-34.
BORDIEU, P. O poder simbólico. São Paulo: DIFEL,
1989.
JAMENSON, F. Pós-modernismo. São Paulo: Ática, 1996,
pp. 27-79; 268-284.
LÉVY, Pierre.
Cibercultura. São Paulo: Editora
34, 1999.
LÉVY, Pierre.
O que é virtual? São Paulo: Editora
34, 1996.
MCLUHAN, Marshall. Os meios de comunicação
como extensões do Homem – (Understanding Media). São Paulo:
Cultrix, 1964.
POMBO, Olga. O meio é a mensagem
in 1º Caderno de História e Filosofia da Educação. Lisboa: Ed.
Departamento de Educação da Faculdade de Ciências de Lisboa, 1994, pp. 40-50.
Trabalho(s)
Realizado(s):
·
Texto crítico “Os Espetáculos da Sociedade”;
·
Análise
teórica “Paris Ring - Présentacion:
La
Nuit de Boxe: Pierre Lévy X Jean Baudrillard. Avec l'arbitrage de Marshall
McLuhan”.
Aproveitamento:
Os
referenciais teóricos, os autores, as leituras, as aulas e os debates de classe
liderados pelo Prof. Dr. Cláudio Novaes são alicerces engenhosamente fixados
para compreendermos profundamente o papel da comunicação dentro da sociedade
contemporânea, nesse sentido, esta matéria é uma das mais conscientizadoras e
fundamentais para qualquer um que pretenda se tornar mestre, em suma, essa
matéria foi-nos imprescindível para elucidarmos melhor a própria área de
concentração de nossa pesquisa: a comunicação na contemporaneidade. Além de
levar a nossa vista para novos horizontes, pudemos, através dos teóricos que
estudamos nesta disciplina, buscar embasamentos que nos serão de imensa valia
na fundamentação teórica de nossa dissertação. É o caso específico do filósofo
francês Pierre Lévy. Nesta disciplina pudemos estudar melhor as teorias de Lévy
e confrontá-las com as do filósofo, também francês, Jean Baudrillard, assim,
contrabalanceando as idéias mais positivistas de Lévy sobre a Internet e as
novas mídias, com o ponto de vista mais realista (hiper-real) de Baudrillard, como um meio de verificar a própria
autenticidade das teorias de Lévy e buscar outra visão sobre a Web e os meios digitais interativos.
Para essa análise, que foi o tema do paper
que elaboramos para avaliação do professor, também trouxemos outro filósofo
importante dentro do mundo comunicacional, o canadense Marshall McLuhan, cujos
estudos relacionamos com as teorias de ambos filósofos franceses, confrontando
a fórmula “o meio é a mensagem” com as afirmações e interpretações desses
estudiosos sobre os novos meios digitais binários conectivos. Esse “confronto”
nos ajudou a assimilar melhor as teorias de Lévy, Baudrillard e do próprio
McLuhan, onde sempre levamos em conta também, além da Internet, a questão do
jornalismo, duas instâncias que se relacionam diretamente com o nosso projeto
de estudo. O paper que elaboramos e
as leituras que efetuamos nesta disciplina renderam vários embasamentos
teóricos que ainda serão vistos em nossa dissertação e que foram fundamentais
para compreendermos melhor os novos paradigmas do jornalismo dentro da
Internet, o webjornalismo.
Nota
Final: A
1.3 Mídia,
Política e Opinião Pública
Docente
Responsável: Prof. Dr. Marcelo Oliveira Coutinho de Lima
Ementa: Gerar uma reflexão
crítica sobre as relações entre Mídia e Poder, através de análise e discussão
do papel da informação e da comunicação no cenário político contemporâneo. Examinar
os principais eixos conceituais dos estudos sobre as relações entre Estado,
sociedade e as organizações midiáticas e o impacto da globalização e
digitalização sobre os mesmos. Discutir
a mídia enquanto arena e ferramenta de luta na disputa pela hegemonia social.
Utilizando um ferramental multidisciplinar, que engloba conceitos de
comunicação, sociologia e ciência política, vamos analisar a evolução histórica
dessa relação ao longo do século XX e sua influência sobre a sociedade
brasileira, com ênfase no cenário do início do século XXI e seus possíveis
desdobramentos no médio prazo, principalmente sob o ponto de vista das
transformações tecnológicas e seu impacto no processo político.
Linha
de Pesquisa: Linha A – Processos Midiáticos: tecnologia e
mercado
Bibliografia:
BENKLER, Yochai. The wealth of networks: how social production
transforms markets and freedom.
New Haven and London: Yale University Press, 2006, pp. 212-272.
BURKE, Peter e BRIGGS,
Asa. Uma história social da mídia.
De Gutenberg à Internet. Rio de Janeiro: Zahar, 2002.
CONTI, Mario Sergio. Notícias do Planalto – A imprensa e Fernando
Collor. São Paulo: Cia das Letras, 1999.
DORFMAN,
Ariel e MATELLARD, Armand. Para ler o Pato Donald. Santiago, 1971.
HABERMAS, Jürgen. Mudança estrutural da Esfera Pública. Rio de Janeiro: Tempo
Brasileiro, 1984.
LIMA, Venício A. Mídia, teoria e política. São Paulo:
Perseu Abramo, 2004.
MAQUIAVEL, Nicolau. O Príncipe. Florença, 1485.
MARCONDES FILHO, Ciro. Televisão. A vida pelo vídeo. São
Paulo: Moderna, 1992.
O
Brasil muito Além do Cidadão Kane. Diretor Simon Hartog. Londres: canal 4 – BBC, 1993.
SARTORI, Giovanni. Homo-videns. Televisão e pós-pensamento.
Bauru: EDUSC, 1997.
Trabalho(s)
Realizado(s):
·
Seminário sobre a “Ascensão e Queda de Fernando Collor de Melo”;
·
Monografia “A
Internet e a Esfera Pública”.
Aproveitamento:
Essa
matéria foi uma das mais prazerosas e desafiadoras de nosso curso de mestrado.
Advertidos por nosso orientador a não alargar demais o campo de nossa pesquisa,
onde queríamos entender o papel da Internet e do webjornalismo nas questões
relacionadas à Esfera Pública (que concernem aos objetivos dessa disciplina), ainda
assim, partimos para estudar um pouco dessa relação durante a elaboração do paper para essa matéria. Mesmo
advertidos a não entrar nesse “cipoal”, entramos e voltamos com valiosas
informações que embasarão a nossa dissertação de mestrado. Além de
compreendermos melhor as questões da Esfera Pública e da Internet (com análise
de teorias e estudos de Habermas, Lévy, Burke e Briggs, Venício Lima, Eugênio
Bucci, Yochai Benkler e outros), pudemos assimilar melhor o papel do jornalismo
na condução e manifestação da opinião pública, na sua relação com a classe
política e no seu papel histórico dentro das sociedades até o contexto
contemporâneo. Através do nosso paper,
uma monografia sobre a “Internet e a
Esfera Pública”, compreendemos com ênfase como o webjornalismo cria novos
paradigmas e altera antigos (e reforça outros), que remotam aos tradicionais jornais
impressos dos idos dos séculos XVI-XVII. Através dos estudos dessa matéria,
além do paper que agora comentamos,
elaboramos um seminário sobre as relações da mídia com a política na eleição e no
impeachment de Fernando Collor de
Melo, onde pudemos concluir que uma análise séria sobre o jornalismo jamais
pode ausentar-se de sua cobertura política, o que certamente levaremos em conta
na nossa dissertação. Além de embasar os trabalhos apresentados nesta
disciplina e a nossa dissertação de mestrado, as leituras que fizemos durante
este curso são, algumas, relacionadas diretamente com a área de concentração de
nossa pesquisa, portanto fundamentais para compreensão global do foco
epistemológico dos nossos estudos onde, mais uma vez, o jornalismo, a Internet
e a questão dos antigos e novos meios, estiveram sempre no âmbito de nossas
análises e reflexões. Se na disciplina “Metodologia de Pesquisa em Comunicação”,
a leitura da obra de Descartes nos levou a novos patamares da compreensão do
próprio pensamento científico, nesta matéria, a leitura da obra clássica de
Maquiavel, “O Príncipe”, igualmente
nos levou a novos níveis de compreensão sobre a política, tanto interna quanto
externa (além de histórica), dos países que compõem hoje o mundo globalizado,
também nos ajudou a entender outro fator relacionado com a mídia nos dias
atuais, tópico estudado na presente e em outras disciplinas deste esse curso de
mestrado, a questão do “Príncipe Eletrônico”, ou seja, das relações da mídia
com o poder e a classe política.
Nota
Final: A com menção honrosa
1.4
Narrativas de Ficção no Cinema e na TV
Docente
Responsável: Prof. Dr. Dimas Antonio Künsch
Ementa: A palavra
ficcional acoplada à palavra narrativa refere-se a um processo que advém das
múltiplas expressões do imaginário compartilhadas por autores e receptores.
Estudo das particularidades de cada veículo (cinema e televisão) quanto ao modo
de narrar histórias. Análise das modalidades narrativo/discursivas do cinema e
da televisão. Reflexões a respeito das raízes mitológicas das narrativas
contemporâneas. Adaptação das narrativas literárias de ficção ao suporte
cinematográfico e televisivo. Análise da recepção de narrativas ficcionais
cinematográficas e televisivas. A dimensão espetacular das minisséries,
novelas, seriados, documentários no contexto da cultura contemporânea. Produção
ficcional televisiva e cinematográfica brasileira.
Linha
de Pesquisa: Linha B – Produtos Midiáticos: jornalismo e
entretenimento
Bibliografia:
_________.
Crítica “O Gladiador” in Jornal
Folha de S. Paulo, 24/05/2000.
A Identidade Bourne. Diretor Doug Liman.
E.U.A.: Universal Pictures, 2002.
AMSTRONG,
Karen. Breve história do mito. São
Paulo: Cia das Letras, 2005.
BRUM, Eliane. O colecionador das almas sobradas (pp.
48-50) e O olhar insubordinado (pp.
187-196) in A Vida que Ninguém Vê. Porto Alegre-RS:
Arquipélago, s. d.
BUCCI, Eugênio
e KEHL, Maria Rita. Videologias. São Paulo: Boitempo, 2004.
CAMPBELL,
Joseph. O herói de mil faces. São
Paulo: Pensamento, 1995.
CARRARO, Renata. Jornalismo subversivo se faz com o olhar. s.n.d..
CASATTI, Denise. Uma pessoa é mais importante
do que a matéria. s.n.d..
Cidade de Deus. Diretor Fernando Meireles. Brasil: O2
Filmes & VideoFilmes,
2002.
Edifício Master. Diretor Eduardo Coutinho. Brasil: Videofilmes, 2002.
Gladiador. Diretor
Ridley Scott. E.U.A.:
Universal Pictures, 2000.
GODOY, Denise. Morre o escritor Norman Mailer, aos 84 in Jornal Folha de São Paulo,
Folha Ilustrada, 11/11/2007.
GRAÇA, Eduardo. ‘Não há filmes amorais’, diz Greengrass in Jornal Folha de São Paulo,
Folha Ilustrada, 22/09/2007.
IKEDA, Marcelo. Gladiador,
um filme político in http://www.geocities.com/Hollywood/Agency/8041/gladiado.html,
22/05/2007.
KELLNER,
Douglas. A cultura da mídia.
Bauru-SP: EDUSC, 2001.
KÜNSCH, Dimas
A. Teoria guerreira da incomunicação: o jornalismo,
conhecimento e compreensão do mundo in
Revista Líbero nº 15/16. São Paulo:
Biblioteca Prof. José Geraldo, 2005, pp. 22-31.
MORIN, Edgar. A cabeça bem-feira: repensar a reforma, reformar
o pensamento. Rio de Janeiro: Bertrand, 2001.
MOTTER, Maria
Lourdes e MUNGIOLI, Maria Cristina
Palma. Ficção seriada: o prazer de re-conhecer
e pré-ver in Revista Comunicação: Meios e Mensagens, nº
2. São Paulo: 2º semestre de 2006, pp. 59-70.
O Filho da Noiva. Diretor Juan José Campanella.
Argentina:
Tornasol Films, 2001.
O Poder do Mito.
Curador Bill Moyers. Brasil, São
Paulo: Logon, 2005.
RINCÓN, Luiz
Eduardo. A jornada do herói mitológico
in II Simpósio de RPG & Educação. São Paulo: Uninove, 22 à
24/09/2006.
VOGLER,
Christopher. A jornada do escritor.
Rio de Janeiro: Ampersand, 1992, pp. 15-33; 375-391.
Trabalho(s)
Realizado(s):
·
Análise multiperspectiva cinematográfica e apresentação
de seminário sobre “O Gladiador e a
Jornada do Herói Mitológico”;
·
Redação de matéria de jornalismo em profundidade
“A Extraordinária Vida do Ordinário
Maicon”.
Aproveitamento:
Enquanto
a disciplina “Metodologia de Pesquisa em Comunicação” é guiada em parte pelo
pensamento racional de Descartes, onde o método científico é colocado como o
guia para o desenvolvimento de uma pesquisa acadêmica, nesta disciplina são
abordados outros pontos de vista além da razão,
sendo um desses pontos de vista, o pensamento mítico, a questão do mito (onde estudamos a obra de Campbell
entre outros). Dentre a distância que separa essas duas instâncias, da razão e
do mito, o docente apresentou várias vertentes de estudo, da complexidade de Morin
à multiperspectividade de Kellner, deixando claro que, assim como na nossa
dissertação, todo estudo, ou mesmo matéria jornalística, deve sempre ser
observado por diferentes prismas, muito além do que comumente se fala, “os dois
lados da história”, aprendemos que é preciso levar em conta os vários lados da história. O jornalismo,
um dos objetos de estudo de nossa dissertação (e da linha de pesquisa que
estamos inseridos), também esteve em pauta durante as aulas desse curso, inclusive
adentrando em questões que revelam a crise por que passa essa instituição.
Outro aspecto ligado ao jornalismo em foco durante as aulas, foi a narrativa
literária, onde analisamos diversas matérias em profundidade, observando outras
visões de mundo aquém do cenário jornalístico atual regido pela lógica
capitalista (um dos focos de outras disciplinas), destacando aspectos opostos
ao sensacional ou apenas informativo, com uma visão mais humanística na
interpretação e narração dos fatos. Sobre o paper
desenvolvido para esta matéria, depois de todos os aspectos ligados as
diferentes narrativas que estudamos ao longo desse curso, uma frase que
colocamos na introdução deste, revela a sua relação com a nossa dissertação de
mestrado: “O objetivo de escrever é o vínculo deste paper com a
minha dissertação”,
vale dizer que tal frase foi escrita de “orientando para orientador”, que é a
relação entre este que vos escreve e o professor da presente disciplina, assim,
vale enfatizar, que além dos conteúdos vistos e dos trabalhos realizados, esta
disciplina foi muito importante para estreitar os laços entre ambos
pesquisadores, entre mestre e aprendiz, servindo como uma “orientação extra”,
gerando novas dúvidas, dicas, referências e respostas que foram de suma
importância durante a formatação desse projeto e na modelação de suas hipóteses
e objetivos. A preocupação do professor em relacionar os tópicos debatidos em
aula com a pesquisa individual de cada discente, foi um fator que engrandeceu de
forma taticamente positiva a pesquisa de todos os alunos do curso.
Nota
Final: A
1.5
Sociedade do Espetáculo e Cultura da Imagem
Docente
Responsável: Prof. Dr. Cláudio Novaes Pinto Coelho
Ementa: Esta
disciplina pretende investigar a crescente valorização das imagens nos
processos comunicacionais contemporâneos. Esta valorização está inserida no
contexto de desenvolvimento da sociedade do espetáculo, estando vinculada ao
processo de estetização das mercadorias. Sendo assim, será dada uma atenção
especial ao papel desempenhado pela publicidade e pela construção das marcas. A
presença da valorização das imagens na vida política, com o esvaziamento dos
atores políticos tradicionais e sua substituição pela comunicação de massa,
também será objeto de reflexão.
Linha
de Pesquisa: Linha B – Produtos Midiáticos: jornalismo e
entretenimento
Bibliografia:
ALMEIDA,
Jorge. Marketing político: hegemonia e contra-hegemonia.
Rio de Janeiro: Zahar, 1985, pp. 68-91.
BAUDRILLARD, Jean. O sistema
de objetos. São Paulo: Perspectiva, 1997, pp. 9-17; 60-61;
63-64; 92-93; 106-111; 116-123; 140-150; 162-165; 169-171; 173-191; 205-213.
CASTELLS,
Manuel. A galáxia da Internet. Rio de
Janeiro: Zahar, 2003.
COELHO,
Cláudio N. P. e CASTRO, Valdir José
de (orgs). Comunicação e sociedade do espetáculo.
São Paulo: Paulus, 2006, pp. 9-106.
DEBORD, Guy. A sociedade do espetáculo. Lisboa:
Móbilis in Móbile, 2003, pp. 9-23; 40-53.
FONTENELE,
Isleide A. O nome da marca. São
Paulo: Boitempo, 2002, pp. 279-331.
HAUG,
Wolfgang F. Crítica da estética da mercadoria.
São Paulo: Unesp, 1996, pp. 67-85; 112-129; 149-154.
IANNI,
Octávio. Enigmas da modernidade-mundo. Rio de Janeiro: Civilização
Brasileira, 2000.
KLEIN, Noami. Marcas globais e o poder corporativo in Moraes,
Denis (org.). Por Outra Comunicação. Rio de Janeiro: Record, 2003, pp.
173-186.
KLEIN, Noami. Sem logo: A tirania das marcas num planeta vendido.
Rio de Janeiro: Record, 2002, pp. 51-85.
LASCH, C. O mínimo eu. São Paulo: Brasiliense,
1986, pp. 9-49.
Trabalho
Realizado:
·
Análise teórico-reflexiva envolvendo “Debord, Baudrillard, Castells: o Espetáculo,
a Publicidade, a Internet, o Jornalismo e Outras Reflexões”.
Aproveitamento:
Ministrada
também pelo Prof. Dr. Cláudio Novaes, esta disciplina funciona como uma
extensão de muitas das questões abordadas na disciplina “Mídia e Sociedade
Contemporânea”, porém agora com um foco maior na questão do espetáculo – aspecto diretamente
relacionado com a linha de pesquisa na qual o presente estudo se insere. Da
mesma forma, o estudo que desenvolvemos nesta matéria foi uma extensão e um
aprofundamento dos embasamentos que já havíamos desenvolvido na matéria
anterior deste professor, desta feita levando-se em conta a questão do
espetáculo que também permeia o jornalismo na sociedade atual. Nessa reflexão
continuada, somamos aos pensamentos de Baudrillard, Lévy e McLuhan, as teorias
do francês Guy Debord, sobre a “Sociedade do Espetáculo”, e as teorias do
espanhol Manuel Castells, sobre a “Galáxia da Internet”, além da análise de outros
textos de diversos estudiosos. Nessa jornada reflexiva, nos aprofundamos nas
questões que afligem o jornalismo na atualidade (do espetáculo, da sua relação
com a publicidade, sua lógica comercial etc), ao mesmo tempo em que analisamos novas
práticas vão se amoldando na construção e difusão da informação na sociedade globalizada,
apontando para um cenário duvidoso que está modificando antigos modelos de
negócio dessa instituição, onde a Internet e as novas mídias digitais têm papel
fundamental nessa “mutação”, onde também está o foco deste projeto que se
apresenta. Sendo assim, podemos afirmar que os estudos desenvolvidos junto ao
Prof. Cláudio em suas ambas disciplinas foram muito importantes para direcionar
a pesquisa que iremos desenvolver em nossa dissertação de mestrado.
Nota
Final: A
1.6 Mídia,
Poder e Ética
Docente
Responsável: Prof. Dr. Laurindo Leal Filho
Ementa: Analisar o papel
da mídia nas formas de organização das sociedades contemporâneas. Avaliar o
processo de dinamização e de atrofia do espaço público. Discutir as
características específicas de cada meio de comunicação na dinâmica desse
processo. Contrapor a ele os conceitos e as práticas relativas ao direito de
comunicar e às formas democráticas de controle social. Refletir sobre os
estudos de caso observados no Brasil relativos ao tema.
Linha
de Pesquisa: Disciplina Geral
Bibliografia:
BARROS, Clóvis
Filho. Recepção ativa e ética do receptor in Ética
e Comunicação nº1. São Paulo:
FIAM, Jan/Jul 2000, pp. 7-16.
BURKE, Peter
e BRIGGS, Asa. Uma história social da mídia. De Gutenberg à Internet. Rio de
Janeiro: Zahar, 2002.
BUCCI,
Eugênio. Sobre ética e imprensa. SP:
Cia das Letras, 2000.
CHAIA, Vera. Jornalismo e política, escândalos
e relações de poder na Câmara Municipal de São Paulo. São Paulo: Hacker,
2004.
CHOMSKY, Noam Avra. Entrevista: Chomsky, o mestre do contra in Revista
Cult nº 116. SP: Bregantini,
Agosto de 2007, pp. 8-13.
HABERMAS, Jürgen. O valor
da notícia in Folha de S.
Paulo, Caderno Mais: 27/05/2007.
IANNI,
Octávio. Enigmas da modernidade-mundo. Rio de Janeiro: Civilização
Brasileira, 2000.
LIMA,
Venício A. Mídia, teoria e política. São Paulo: Perseu Abramo, 2004.
MORAIS,
Fernando. Chatô, o Rei do Brasil. São
Paulo: Cia das Letras, 1994.
NOGUEIRA,
Adriana T. Ética e psicologia do profundo
in Ética e Comunicação, nº1. São Paulo: FIAM, Jan/Jul 2000, pp. 39-49.
ORTIZ,
Renato. A moderna tradição brasileira. São Paulo: Brasiliense, 1988.
VALLS, Álvaro
L. M. O que é ética? São Paulo:
Brasiliense, 1996.
Trabalho(s)
Realizado(s):
·
Relatório de Defesa de Tese de Doutorado (USP)
de Florentina das Neves: “O Jornal Nacional
e as Eleições Presidenciais de 2002 e 2006”;
·
Análise teórico-reflexiva em paper sobre “Ética no Jornalismo” e apresentação de seminário sobre igual tema.
Aproveitamento:
Se
a disciplina “Sociedade do Espetáculo e
Cultura da Imagem” funcionou como uma extensão da disciplina “Mídia e Sociedade Contemporânea”, a
presente disciplina também funcionou como uma extensão da disciplina “Mídia, Política e Opinião Pública”, a se
iniciar pela banca de doutorado que assistimos e relatamos, cujo tema tinha um
foco similar ao seminário que desenvolvemos na disciplina anterior, a relação
da mídia, em especial da atuação da Rede Globo, com os políticos no processo
eleitoral presidencial. Um olhar mais atento na ementa e na bibliografia desta
e da disciplina anterior, revela uma coincidência de objetivos de estudo e nomes
de autores, tais como a questão da Esfera Pública e do Príncipe Eletrônico, e de
estudiosos como Habermas, Burke e Briggs, Venício Lima e Eugênio Bucci, porém,
apesar das semelhanças, o foco desses assuntos nesta disciplina levaram em
conta a questão da ética. E foi na
questão da ética ligada ao jornalismo que direcionamos as nossas reflexões nos
estudos que desenvolvemos nesta matéria. Partindo do referencial que havíamos
levantado nos estudos do case político-midiático
sobre a “Ascensão e Queda de Fernando
Collor” e somando-lhes novos estudos (Chaia, Ortiz, Valls e outros), levantamos
um excelente material que nos rendeu um seminário e um paper apresentados para avaliação desta matéria. Percebemos através
desses estudos, muito mais detalhes que existem nas relações entre mídia e
poder, e também as implicações éticas destas relações que concernem à
instituição Jornalismo como um todo. Essas questões éticas, pelo que
entendemos, também afetam a crise do jornalismo frente à Internet que
pretendemos estudar, o que se explica no fato da Internet ter sido construída
em cima protocolos livres de comunicação, permitindo uma maior liberdade
comunicacional que impacta a estrutura totalitária na qual esses veículos de
mídia foram alicerçados historicamente até a chegada da grande rede. Liberdade é um dos valores em xeque
dentro da crise ética que afeta o jornalismo, e é também um ponto chave ligado
a questão comunicacional da Internet, sendo assim, é um ponto que necessitamos estudar
ainda mais em nossa dissertação de mestrado, sempre dentro desse âmbito das
relações entre a Web e o jornalismo.
No
compito geral de todos os trabalhos que realizamos nas seis disciplinas que
participamos, foi possível perceber que o jornalismo passa por uma crise geral,
institucional, estrutural e inclusive ética, e que a Internet tem grande
influência dentro deste contexto, assim, de alguma forma, todos os estudos que
fizemos nos serviram de guia para compreender o jornalismo e sua crise em um
amplo contexto, onde encontramos vários caminhos por onde o presente estudo passará.
Também alguns becos sem saída foram deixados para trás até que encontrássemos a
trilha certa rumo aos nossos objetivos, nesse sentido, podemos dizer que todas
as matérias e estudos que fizemos foram muito úteis e imprescindíveis para a
jornada da pesquisa que iniciaremos a seguir.
Nota
Final:
2.1
Comunicação, Tecnologia e Cultura de Rede
Docentes
Responsáveis: Prof. Dr. Sérgio Amadeu da Silveira e Prof.
Dr. Walter Teixeira Lima Junior
Grupo
de Pesquisa: Comunicação, Tecnologia e Cultura de Rede –
Faculdade Cásper Líbero
Linha
de Pesquisa: Linha A – Processos Midiáticos: tecnologia e
mercado
Cronograma
das Atividades:
1ª Sessão (12 de abril, quinta,
das 16:00 às 18:45 hs): conceitos e categorias fundamentais da relação comunicação
digital e tecnologias da informação. Expositores: Prof. Dr. Walter Teixeira Lima Junior e Prof. Dr. Sérgio
Amadeu da Silveira;
2ª Sessão (03 de maio, quinta, das
16:00 às 18:45 hs): impacto da comunicação em rede através do pensamento de
David Weinberger, Howard Rheingold e Christopher Locke. Expositor: Doutorando Hermani Dimantas;
3ª Sessão (17 de maio, quinta, das
16:00 às 18:45 hs): Bourdieu e a economia das trocas simbólicas – alguns conceitos
e questões para o estudo da sociedade em rede. Expositor: Prof. Dr. Liráucio Girardi Jr.;
4ª Sessão (14 de junho, quinta,
das 16:00 às 18:45 hs): Benkler e Lessig: esfera pública conectada e a produção
do commons. Expositor: Prof. Dr. Sérgio Amadeu da Silveira.
Leituras:
__________. Manifesto
Cluertrain (Diversos Autores) in
http://www.cluetrain.com/portuguese/, 01/03/2007.
BENKLER e LESSIG. Esfera pública conectada e a produção do Commons in http://wikipos.facasper.com.br/,
14/06/2007.
BENKLER, Yochai. The wealth of networks: how social production
transforms markets and freedom.
New Haven and London: Yale University Press, 2006, pp. 212-272.
BORDIEU, P. O poder simbólico. São Paulo: DIFEL,
1989.
DORFMAN, Ariel
e MATELLARD, Armand. Para ler o Pato Donald. Santiago, 1971.
ORWELL, George. 1984. Londres, 1948.
Tema do Relatório de Avaliação de Participação: “Pense Antes de Escrever”, análise em
cima de uma estória em quadrinhos do Pato Donald relacionando-a com os tópicos
debatidos durante o seminário.
Carga
Horária: 15 hs
Nota
Final: B
2.2
Comunicação: Arte, Saber ou Ciência?
Docentes
Responsáveis: Prof. Dr. Dimas Antonio Künsch e Prof. Dr.
Laan Mendes de Barros
Grupo
de Pesquisa: Comunicação, Recepção e Identidade – Faculdade
Cásper Líbero
Linha
de Pesquisa: Linha B – Produtos Midiáticos: jornalismo e
entretenimento
Cronograma
das Atividades:
Dia 25 de agosto de 2007, sábado,
10:00-12:00h: Prof. Dr. Luiz C.Martinho (UnB) conversa com os integrantes
do grupo de pesquisa, a partir da leitura coletiva do texto “Os Cursos de Teoria da Comunicação à Luz do
Jornalismo: Obstáculos e Impropriedades das Posições Tecnicista e Intelectualista”
(Líbero v. 9, n. 17, jun 2006, pp. 21-29).;
Dia 27 de agosto de 2007, segunda-feira,
13:30-17:30h: Seminário “Comunicação:
saber, arte, ciência?” - Parte
I: Texto em debate: “Abordagens e Representações
do Campo Comunicacional” (Comunicação, Mídia e Consumo v. 3, n. 8, nov.
2006, pp. 33-54). Expositores: Prof. Dr. Luiz C. Martino (UnB) e Profª.
Lucrécia D'Alessio Ferrara (USP);
Dia 28 de agosto de 2007, terça-feira,
13:30-17:30h: Seminário “Comunicação:
saber, arte, ciência?” - Parte II: Texto em debate: “As Epistemologias Contemporâneas e o Lugar da Comunicação” (in Lopes, M. Immacolata Vassalo de (org.),
Epistemologia da Comunicação. São
Paulo: Loyola, 2003, pp. 69-101). Expositores: Prof. Dr. Luiz C. Martino
(UnB) e Profª. Cremilda Medina (USP).
Leituras:
BARROS, Laan Mendes. Comunicação na Contemporaneidade: perspectivas
de um curso de mestrado in Revista Líbero nº 17. São Paulo:
Biblioteca Prof. José Geraldo, junho de 2006,
pp. 9-20.
MARTINO, Luiz C. As epistemologias contemporâneas e o lugar
da Comunicação in Lopes, M. Immacolata Vassalo de (org.), Epistemologia da Comunicação. São Paulo:
Loyola, 2003, pp. 69-101.
MARTINO, Luiz C. De qual Comunicação estamos falando?
(pp.11-25) e Interdisciplinaridade e objeto
de estudo da Comunicação (pp.27-36) in
Teorias da Comunicação: conceitos, escolas
e tendências. Petrópolis-RJ: Vozes,
2001.
MARTINO, Luiz C. Sob o signo da Babel: as teorias da Comunicação”
in http://www.unb.br,
02/08/2002.
MARTINO, Luiz C. Abordagens e representação do campo
comunicacional in Comunicação, Mídia e Consumo, Vol. 3, nº 8. São Paulo: ESPM, 2006, pp.
33-54.
MARTINO, Luiz C. Os cursos de teoria à luz do jornalismo in Revista
Líbero nº 17. São Paulo: Biblioteca Prof. José Geraldo, junho de 2006, pp.
21-29.
POMBO, Olga. O meio é a mensagem in 1º Caderno de História e Filosofia da Educação.
Lisboa: Ed. Departamento de Educação da Faculdade de Ciências de Lisboa, 1994,
pp. 40-50.
Tema do Relatório de Avaliação de
Participação: “A
Epistemologia da Minha Vida”, análise em cima dos artigos e exposições do
Prof. Dr. Luiz Martino e suas relações com a área de concentração dos estudos
de mestrado da Faculdade Cásper Líbero e suas respectivas linhas de pesquisa.
Carga
Horária: 15 hs
Nota
Final: A
3.1 Identificação
3.1.1
Vigência da Pesquisa
Início: (mês/ano) Fevereiro de
2007
Término: (mês/ano) Fevereiro de
2009
3.1.2
Pesquisadores |
Titulação |
Curso |
Prof. Pedro Luiz de Oliveira
Costa Bisneto - Mestrando |
Bacharel |
Comunicação
Social |
Prof. Dr. Dimas A. Künsch -
Orientador |
Doutorado |
Comunicação
Social |
3.1.3
Curso
Mestrado - Comunicação Social
3.1.4
Instituição
Faculdade Cásper Líbero – São
Paulo – SP
3.1.5
Área de Concentração
Comunicação na
Contemporaneidade
3.1.6
Linha de Pesquisa
Produtos Midiáticos: jornalismo e entretenimento
(Linha B)
3.1.7 Grupo de Pesquisa
Comunicação, Recepção e Identidade
3.1.8 Título do Projeto
Internet
e Jornalismo Impresso: Novas Tendências na Contemporaneidade
3.2 Resumo do Projeto
O presente projeto pretende estudar o impacto da
Internet sobre o jornalismo impresso e o crescente declínio deste último, um fato sem
precedentes em toda sua história. Visa analisar esse declínio e apontar as
novas tendências que surgem através da Internet e que crescem na mesma medida
em que as tiragens dos grandes jornais de massa impressos decrescem. E, ainda, estudar
essas novas tecnologias para o jornalismo com o uso da Internet e as linguagens
digitais, verificando se as novas tendências que surgem na grande rede deverão
aumentar a atual crise, acarretando uma completa reformulação na imprensa de
massa escrita. Este estudo investigará essas tendências de um novo palco onde
imprensa escrita e digital são co-atores no âmbito maior do jornalismo.
3.2.1
Palavras-chave
3.3 Objeto
de Estudo
3.3.1
Apresentação e delimitação do tema
O
tema geral do projeto refere-se ao
3.3.2
Formulação do problema
Demonstrar
se o declínio da imprensa escrita frente à Internet deve-se ao fato de esta mídia
possuir mais abertura ao debate das
esferas públicas, ser mais
abrangente, instantâneo, qualificado, com menores custos de produção e veiculação, interativo, pessoal, democrático e de melhor acesso para quem busca a notícia e a informação e para
quem faz a notícia e veicula a informação, ou seja, público, jornalistas e editorias.
3.4 Objetivos do Estudo
3.4.1 Objetivo geral
Demonstrar que a comunicação de massa, que
nasceu através da imprensa, está em crise diante de um meio mais abrangente,
democrático e com múltiplas potencialidades para o jornalismo que é a Internet.
3.4.2 Objetivos específicos
Fazer
uma pesquisa sobre o jornalismo impresso e jornalismo digital, com base
bibliográfica, levantamento e análise de dados, de forma que se possa
estabelecer um cenário amplo desses novos modelos no contexto atual da mídia. Com
essa análise, observaremos se tais modelos de jornalismo se aplicam a um
contexto menor, onde elegeremos alguns veículos de mídia, impressos e digitais e
analisaremos como eles se situam dentro desse novo contexto.
3.5 Hipótese
Qual o peso da introdução da Internet e do
webjornalismo dentro da atual crise que atinge os grandes jornais de massa
impressos?
3.5.1 Hipóteses secundárias
Se a atual crise do jornalismo de massa impresso
se deve ao surgimento da Internet e do webjornalismo, ao que devemos atribuir
mais especificamente essa crise?
3.5.2 Problematização
Para estabelecermos um estudo relativo a esses
dois modelos jornalísticos, o jornal impresso e a Internet, este projeto analisará
esses veículos levando em conta as seguintes questões:
3.6 Justificativa
Com o avanço dos meios digitais a partir da
década de 90 do último século, em especial com o surgimento da Internet
comercial em 1994, surge um novo palco por onde os antigos meios comunicacionais
interagem com novas tecnologias e públicos, é a nova era da Informação,
intitulada pelo estudioso das novas mídias, o espanhol Manuel Castells, de “A Galáxia da Internet”, que depois a
descreve em parte: “(...) é um novo ambiente de comunicação. Como a comunicação
é a essência da atividade humana, todos os domínios da vida social estão sendo
modificados pelos usos disseminados da Internet (...) com consideráveis
diferenças em suas conseqüências para a vida das pessoas (...) cultura e
instituições” (Castells, 2003, p. 225). Dentre essas instituições e pessoas, será
no jornalismo e nos jornalistas, que esse estudo procurará analisar a chegada
da Internet e as mudanças que vem ocorrendo nessa velha instituição, tanto na
forma de se fazer jornalismo, quanto na forma de se buscar e propagar a
informação na atualidade.
Além de ser mais um meio para se fazer
jornalismo, a Internet é, e tende a ser ainda mais – o que o presente estudo
que se inicia procurará entender – o meio mais acessível e democrático para se
fazer e divulgar a informação, seja na comunicação entre pessoas, como por
exemplo, o uso de e-mails, que já modificou a forma de muitas pessoas trabalharem
e se comunicarem. Como também no grande número de empresas e diversos tipos de
instituições que se utilizam da grande rede como canal comunicacional para
atingir diferentes públicos, seja interno ou externo. Inseridos dentro dessas
instituições estão os jornais impressos que já veiculam suas notícias pela
Internet através de grandes portais, oferecem diversos serviços e informações
jamais dantes imaginadas quando o jornalismo era veiculado apenas por meios
impressos e via rádio-transmissão. Assim, este estudo averiguará quais são
essas novas iniciativas jornalísticas que a cada dia aparecem na Web, não só as ligadas a grandes portais
de notícias, também diversas outras que permeiam todo esse novo mundo da
notícia.
Com as mudanças que vêm acontecendo nos últimos 13
anos, data do surgimento da Internet em São Paulo, e as mudanças que ocorrem no
presente, este estudo se mostra necessário para examinarmos as novas tendências
para o Jornalismo – o webjornalismo,
que é a sua mais nova faceta, agora através da Internet – tentaremos entender
como essa instituição está se modificando e ao que essas modificações apontam. Ao
delinearmos essas novas tendências, precisaremos saber se será realmente viável
o jornalismo via Internet, e se isso relegará a um segundo plano o jornalismo
impresso, como muitos preconizam. Precisaremos saber os nuances do jornalismo
digital, como ele se diferencia do tradicional. Precisaremos também saber como
funciona um jornal na rede, é realmente mais eficiente? O que demanda a
produção de um portal de notícias na Internet? E, enfim, analisar como os
tradicionais impressos se portam diante de sua própria evolução dentro da
“Galáxia da Internet”. A necessidade de respondermos essas questões, ligadas
diretamente ao
3.7 Fundamentação Teórica
Treze anos atrás, em maio de 1995, a Internet
passou a ser comercial no Brasil, antes restrita apenas ao meio acadêmico.
Desde então, diversas instituições passaram a utilizar a grande rede para
divulgar e oferecer serviços. Hoje, dentre as diversas empresas e órgãos que
estão na grande rede, o jornalismo marca sua presença na Web – nome comum utilizado pelas pessoas ao se referirem a
Internet, cuja tradução do inglês significa “teia” e denomina a parte comercial
da Internet – são jornais impressos em sua versão on-line, jornais que surgiram
para a Internet e agências de notícias. O surgimento da Internet e o seu
impacto diante das outras mídias são comentados por J. B. Pinho (2002, p.49) em
sua obra “
“A Internet é uma ferramenta
bastante distinta dos meios de comunicação tradicionais – televisão, rádio,
cinema, jornal e revista. Cada um dos aspectos críticos que diferenciam a rede
mundial dessas mídias – não linearidade, fisiologia, instantaneidade,
dirigibilidade, qualificação, custos de produção e de veiculação,
interatividade, pessoalidade, acessibilidade e receptor ativo – deve ser mais
bem conhecido e corretamente considerado para o uso adequado da Internet como
instrumento de informação”.
Essa “diferença” da Internet em relação às
demais mídias, em especial do jornal impresso, será um dos focos deste estudo,
e o seu impacto sobre o jornalismo. Para analisarmos esse impacto e dele apontar
novas tendências para o jornalismo, também precisaremos saber como será a
Internet no futuro e a sua abrangência em relação ao público consumidor, idéia
essa que nos dá Antonio F. Costella (1984, p.217) em sua obra: “Comunicação - Do Grito ao Satélite",
1ª Edição, obra esta que comenta a evolução histórica da comunicação e seus
meios:
“(...) essa evolução toda,
segundo se supõe, levará à dissolução das fronteiras entre as formas de
comunicação hoje compartimentadas. Talvez se perca, no futuro, a noção de
divisa entre jornais, rádio, televisão atualmente entidades estanques. A
eletronização total da comunicação conduzirá à criação de sistemas multimeios,
onde a notícia, a instrução e o entretenimento se integrem no mesmo vídeo e
respectivo amplificador de som. Por um mesmo caminho eletrônico nos chegarão
todas as informações que agora são trazidas por meio de livros, jornais e
revistas, discos e fitas, telefone e rádio, cinema e televisão. E mais, essa
avalanche de informações nos será disponível a todo instante pois estarão
arquivadas em computadores”.
Esse trecho foi extraído do último capítulo do
citado livro, intitulado “O futuro da comunicação”, publicado em 1984, depois
citado novamente na 4ª edição lançada em 2001 no mesmo capítulo, porém agora
com novo título “O futuro da comunicação... já chegou”, e onde o autor expõe:
“(...) tudo aquilo que, em 1984, apresentamos como hipótese futura, já
aconteceu. E foi tão rápido!” (Costella, 2001, p. 218). Sim já chegou, é a
grande rede, a Internet que conecta os computadores por todo o globo e nos traz
essa “avalanche” de informações que incluem fotografia, vídeo, áudio, texto e o
mais recente hipertexto, além das tecnologias de banco de dados capazes de gerenciar
volumes incontáveis de informações.
Outra obra que nos coloca frente a um cenário
onde a Internet é a “mídia de todas as mídias” é o livro “A Estrada do Futuro”, do mega-empresário e sócio majoritário de uma
das maiores empresas de softwares do
mundo, a Microsoft, Willian H. Gates,
III – conhecido como Bill Gates apenas – que compara a Internet do futuro a uma
“Estrada da Informação”, por onde todas as mídias irão circular. O impacto
dessa grande “estrada” sobre o jornalismo, em especial aos veículos impressos, será
alvo desse estudo.
Outros
filósofos e estudiosos que falam dos impactos do crescimento dos meios
digitais, em especial a Internet, e que não podem ficar de fora desse estudo
são: Nicholas Negroponte que aborda profundamente a questão da veiculação do
jornalismo via Web e os futuros
agentes de notícia na obra “A Vida
Digital” e o estudioso Manuell Castells, que também se aprofunda nas
questões do impacto da Internet sobre a sociedade, incluindo o Jornalismo,
através das obras “A Galáxia da Internet”
e “A Sociedade em Rede”.
O tema
A Professora Beth Saad, mestra em Administração
de Empresas, atua no Departamento de
A Polipress
Cooperativa Digital é uma empresa pioneira na Internet, a primeira
cooperativa de notícias que desenvolveu sites comerciais sob medida para o
mercado – tudo isso em meados de 1994, período que a Internet gráfica ainda
engatinhava no mundo. Dirigida pelos jornalistas Pollyana Ferrari e Nicolau
Centola, sendo que a primeira possui obra publicada intitulada de “
Outro importante estudioso, cujas estudos estão
diretamente ligados aos objetivos da presente proposta é Pierre Lévy, a
importância dos estudos de Lévy para este projeto ficam evidenciadas conforme a
citação abaixo do artigo de Maurício F. Pinto, publicado no site http://www.nova-e.inf.br/exclusivas/pierrelevy.htm, 15/08/2001:
“Pierre
Lévy é um otimista, no bom sentido. É um otimista que tenta vislumbrar no mundo
atual, mesmo com todas as suas desigualdades e descaminhos, possibilidades para
um desenvolvimento, para uma ‘evolução’ daquilo que ele chama de ‘inteligência
coletiva’. Seria difícil para Lévy falar disto algum tempo atrás: o ‘motor’ da
sua teoria são as redes computacionais de informação – o que ele batizou, desde
cedo, como sendo a base para a cibercultura, um novo patamar de relacionamento
humano, num espaço virtualizado, mediatizado pela Internet” (...).
(...) “Esta idéia impressionou
muito Pierre Lévy. Tanto que, na maioria de seus livros, esta concepção
perpassa boa parte de seus argumentos, tendo ficado ainda mais evidente em uma
de suas últimas publicações, ‘A Conexão Planetária’ (lançada no Brasil pela
Editora 34). E o fenômeno da Internet reforça sua disposição para aceitar a
chance de realização de uma Noosfera, já a partir do momento atual. Isto porque
a rede mundial de computadores traz em si o potencial para a integração do
pensamento humano; a cibercultura tem demonstrado a capacidade que o homem tem
de reformular sua visão de mundo, de compreender o outro (seu semelhante) como
uma peça fundamental para a sua própria existência. Por isso proliferam-se pela
Grande Rede grupos de discussão (newsgroups), salas de bate-papo virtual
(chats), fóruns de assuntos específicos, listas de contato para troca de
mensagens instantâneas in real-time (como o software ICQ), entre outros. Vários
aspectos da sociabilidade humana estão assimilando, aproveitando os recursos
das tecnologias de informação e compondo um novo cenário de relacionamentos: as
iniciativas nas áreas jornalística, cultural, educacional, comercial, política
e artística são indicativos, segundo Lévy, de que ‘algo realmente novo’ começa
a acontecer” (...).
Os
estudos de Pierre Lévy, em especial no livro “O Que é Virtual” e também na obra clássica “Cibercultura”, serão partes obrigatórias do presente estudo.
Como contraponto a Lévy, está o filósofo francês
Jean Baudrillard que observa com ressalvas a questão da virtualização e seus
efeitos sobre a humanidade, ou seja, a avanço frenético da nas tecnologias
digitais e a grande rede, através de um ponto de vista mais cauteloso, receoso
e que, portanto, deve merecer a atenção deste estudo. O avanço frenético das
tecnologias digitais é por ele abordado em sua em sua obra “Tela Total", 4ª Edição, (2005,
p.61), de uma forma negativista onde a abundância de informação da atual
sociedade, especialmente a proveniente da Internet, está alienando as massas,
aspecto que deve ser levado em conta, que o autor expõe abaixo, embora o
próprio não consiga afirmar categoricamente os seus temores:
“Toda essa interrogação sobre o
virtual torna-se hoje ainda mais delicada e mais complexa por causa do
extraordinário blefe que a cerca. O excesso de informação, o forcing publicitário e tecnológico, a
mídia, o deslumbramento ou o pânico – tudo concorre para uma espécie de
alucinação coletiva do virtual e de seus efeitos. Windows 95, Internet, as auto-estradas da informação, tudo isso é
já e cada vez mais consumido por antecipação, no discurso e no fantasma. Talvez
seja uma maneira de curto-circuitar
os seus efeitos fazendo-os transbordar na imaginação? Mas disso não estamos
seguros. O blefe e a intoxicação não fazem eles mesmos parte do virtual? Nada
sabemos disso”.
Além da obra citada acima, este projeto dará
atenção a outras obras de Baudrillard, tais como “Simulacros e Simulação” e “O
Sistema de Objetos”.
Outro importante
estudioso, cujos estudos vêm de encontro com os objetivos da presente proposta,
é o professor Rosental Calmon Alves, ex-correspondente do Jornal
do Brasil nos EUA e criador do JB Online, primeiro jornal brasileiro
na Internet. Os estudos de Rosental falam do fim dos impressos e da forma atual
de se fazer jornalismo, assim como surge na Internet, um jornalismo mais
voltado para os indivíduos e mais democrático, conforme citado pelo próprio
autor em palestra em Londres, e comentado em artigo intitulado “Como
se preparar para a mídia do "eu" de
Cláudio Tognolli, publicado no site “Observatório
da Imprensa” (www.observatoriodaimprensa.com.br,
16/08/2005):
(...) “Estamos entrando numa
era de mídias ‘eu-cêntricas’ (I-centric): o que importa é que tragam o
conteúdo que eu quero, quando eu quero, no formato que eu
quero, mas apenas quando eu o quiser” (...).
(...)
"Abandoning the news", da Carnegie Corporation, divulgado
no primeiro semestre deste ano, Rosental mostrou que 39% dos jovens americanos
entre 18 e 34 anos vêem a Internet como a fonte de informações mais importante,
seguida de notícias locais de TV (14%), das notícias de TV a cabo (10%), vindo
em seguida os jornais (8%)” (...).
(...) "Enquanto o
jornalismo tal como o conhecemos está morrendo, novas formas de jornalismo
estão sendo construídas. Nos próximos anos essas versões vão se erigir na
Internet, nos celulares, nos aparelhos de MP3, na TV interativa, nas novas
plataformas a serem lançadas", vaticinou Rosental. ‘O leitor quer editar,
não quer apenas ser editado por alguém’.”.
O dado acima mostra como existe uma mudança em
torno do mundo da notícia que acontece em torno da Web e suas novas práticas através do webjornalismo. Esse, e os
demais relatos acima, demonstram a importância que este estudo tem para
compreendermos melhor o novo palco que está sendo montado para o jornalismo,
onde a Internet aparece como um caminho irreversível. Esses dados, sendo
atualizados, somados e cruzados com novos dados que iremos levantar, assim como
a análise das obras e estudos dos autores que mencionamos, agregadas a outros
estudos diversos, serão as bases por onde este estudo se fundamentará.
3.8 Metodologia
A metodologia para o desenvolvimento deste
projeto conterá pesquisa e análise bibliográfica para
fundamentação teórica do jornalismo, da imprensa escrita e do webjornalismo.
Estudo da crise da imprensa escrita mundial onde utilizaremos análise documental e levantamento de dados junto a
instituições tais como AJN, FENAJ, Instituto Gutenberg, Datafolha, Agência
Critério, IBGE, Fundação SEADE e outros órgãos públicos, privados e
não-governamentais, e também órgãos/instituições nacionais e internacionais,
tais como: Embratel, CGI (Comitê Gestor da Internet, Brasil), NVA Internet
Surveys, World Association Newspapers, Lyra Reserch e Júpiter Media Metrix
entre outros.
Para o levantamento do Estado da Arte deste
trabalho, investigaremos pesquisas em instituições
de fomento, dissertações de mestrado
e teses de doutorado com temas
relacionados ao presente projeto, para isto buscaremos consultar os acervos de
diversas instituições, tais como: Faculdade Cásper Líbero, USP, PUC, UFBA,
UFRJ, UFRGS, UFSC e outras instituições que fomentam pesquisas acadêmicas
ligadas ao jornalismo, tais como: INTERCOM, SCIELO, CAPES e CNpQ. Deverão ser
incluídos nesta pesquisa também, estudos de outras instituições universitárias
e grupos de pesquisa de webjornalismo.
Para ilustrarmos a pesquisa, traremos como
exemplos, análises históricas e bibliográficas, pesquisas acadêmicas e entrevistas
em profundidade com profissionais e estudiosos da imprensa paulistana e
seus dois principais jornais, que serão o foco empírico de pesquisa deste
estudo: O Estado de S. Paulo –
conhecido popularmente como Estadão, do
Grupo O Estado – e a Folha
de S. Paulo, do Grupo Folha da Manhã,
e também dos grandes portais de notícias ligados a estes jornais, a Folha
On-Line (www.folha.uol.com.br),
e próprio site do Estadão na Internet,
o Estadao.com.br (www.estadao.com.br).
Para a formatação da dissertação oriunda deste
projeto, utilizaremos como guia o livro “Metodologia
do Trabalho Científico” de Antônio Joaquim Severino.
3.9 Estrutura Preliminar da Dissertação
3.9.1 Núcleo I – Fundamentação Teórica e o
Estado da Questão
Analisando
a história do Jornalismo e quantificando o crescimento do jornal impresso
através de seus números (tiragens), demonstrando se há de fato uma crise em tal
mídia, quantificando-a com dados atualizados. Na revisão da literatura, conceituaremos
a Internet e suas potencialidades, seus novos paradigmas, onde utilizaremos
embasamento teórico com os seguintes estudiosos: Lévy, Castells, Negroponte e
McLuhan entre outros citados na bibliografia deste projeto. Também procuraremos
nos aprofundar no embasamento teórico da questão da crise do jornalismo
impresso em relação aos novos conceitos do webjornalismo, levando em conta
diversos estudos, trabalhos e iniciativas de jornalistas e pesquisadores que
abordam tal objeto, tentando determinar até que ponto as teorias levantadas refutam,
ou não, as hipóteses, tendências e questões oriundas do presente tema.
3.9.2 Núcleo II – Novos
paradigmas: o webjornalismo
Neste capítulo, conceituaremos
o crescimento da Internet, mostrando teorias e tendências de iniciativas
próprias do mundo do webjornalismo, trazendo à tona as novas experiências e iniciaticas do jornalismo
através da Internet, o webjornalismo. Nesta etapa, nos valeremos dos
estudos, entre outros, de J.B. Pinho, Beth Saad, Polyanna Ferrari, Rosental
Calmon e Caio Túlio Costa. Também procuraremos mapear os novos fenômenos, como os blogs, a blogosfera, os portais de
notícias e as novas tecnologias para a veiculação na notícia através da Web, tais como RSS, Podcast, Google Grid
e iGoogle, Friendster, Newsbotster e Walid entre outras, que estão modificando
os paradigmas do jornalismo e, conforme averiguaremos, se relacionando com a
crise dos jornais impressos. Além disso, analisaremos questões relativas ao
novo meio, tais como a convergência e iniciativas de comunicação compartilhada,
verificando como isso está se relacionando como o jornalismo de um modo geral.
3.9.3 Núcleo III –
Pesquisa de Campo
Já com o Estado da
Questão delineado e os novos paradigmas definidos. Procuraremos descrever e
situar os jornais de massa paulistanos, a Folha
de S. Paulo e O Estado de S. Paulo,
e ver como eles se situam nesse novo cenário. Logo após, criaremos um gancho
para também situar os portais de notícia da Web,
Folha On-Line e Estadao.com, analisando a relação entre essas duas mídias. Assim,
adentraremos o terreno efetivo da pesquisa de campo, observando e computando dados
desses meios mencionados. Aqui a pesquisa de campo irá refutar, ou não, todo o
questionamento levantado anteriormente, prevê-se para tal:
Com os dados de pesquisa
expostos e analisados, confrontaremos estes com os conceitos estudados no
Estado da Questão e nos novos paradigmas do Jornalismo na Internet, tentando
assim, responder as hipóteses colocadas como pontos investigativos de estudo para
este projeto, analisando enfim, quais as novas tendências para o jornalismo impresso
e para o webjornalismo e também como esses dois grandes grupos noticiosos
paulistanos estão se portando segundo essas novas tendências e paradigmas.
3.10 Bibliografia
3.10.1 Bibliografia Básica
BAUDRILLARD, J. Simulacros e simulação. Lisboa: Relógio
D’água, 1997.
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3.10.2 Dissertações e Teses Relacionadas
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3.10.2.1 Dissertações de Mestrado da Faculdade Cásper Líbero
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Dissertação de Mestrado. Faculdade Cásper Líbero – Comunicação Social, 2004.
3.10.3 Bibliografia
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VOGLER, Christopher. A jornada do escritor. Rio de Janeiro: Ampersand, 1992.
4.1 Elementos Pré-Textuais e Introdução
4.1.1 Epígrafe
“A
Internet é a prensa de Gutenberg com esteróides. A importância de Gutenberg não
estava no número de bíblias impressas, mas no fato de você não ter mais de
ouvir os padres”.
Watts Wacker, futurólogo americano
(Carvalho, 2003: 85).
4.1.2 Dedicatória
Aos
meus pais, Pedro Luiz de Oliveira Costa Neto e Ligia Siniscalco de Oliveira
Costa, à minha filha, Thays Gomes do Sacramento de Oliveira Costa, aos meus
irmãos, Suzana Siniscalco de Oliveira Costa e Luiz Ricardo Antenore Costa e às
minhas sobrinhas, Marina Cintra de Oliveira Costa e Helena Callegari Costa,
pois como diria o filósofo das multidões, “a família é o berço de tudo”.
4.1.3 Agradecimentos
Agradeço ao meu orientador, Prof. Dr. Dimas
Antonio Künsch, sem cujo apoio este trabalho não seria possível, e também aos
demais professores do mestrado da Faculdade Cásper Líbero, pois todos
colaboraram, mesmo que indiretamente, para o presente estudo. Aos colegas
professores do UniFIAMFAAM, quando da
formatação inicial do projeto que agora toma forma dessa dissertação, sem os
quais este estudo não existiria. Por fim, agradeço a todos que são mencionados
no decorrer desse trabalho, pois são todos parte dele e, dessa forma, foram
imprescindíveis para a sua conclusão.
4.1.4 Resumo
O seguinte estudo tem
lugar no campo que engloba o Jornalismo
e a Internet, bem como no novo
elemento que resulta da fusão dessas duas instâncias, o webjornalismo. Este estudo mostra como a Internet está mudando o
mundo do jornalismo, com um foco especial sobre a crise que afeta a tradicional
e antiga imprensa escrita. O jornal vai desaparecer? Este é um dos assuntos que
o presente estudo procura descobrir. Os novos fenômenos que aparecem no mundo
digital da notícia através da Internet, tais como a blogosfera e outras novas formas de disseminar a informação pela web, as novas tecnologias e soluções que vêm sendo usadas para se
fazer jornalismo de atualidade, são outro foco desta dissertação de mestrado.
Depois de definir este novo cenário para o Jornalismo, o presente estudo
analisa um case centrado nos dois
maiores jornais de São Paulo, O Estado de
S. Paulo e Folha de S. Paulo, e
seus respectivos sites da Internet, Estadao.com.br
e Folha On-line. Com este case e todos os dados levantados, esse
estudo aponta novas tendências para o Jornalismo dentro de um mundo de
informações que, cada vez muito mais, flui através de linhas conectivas de
banda larga, linguagem digital binária e dispositivos computadorizados
miscelâneos.
Palavras-Chave:
4.1.5 Abstract
The following study
takes place in the field which holds Journalism
and Internet, and the new element that
emerges from the fusion of those two instances, the webjournalism. This study shows how the Internet is changing the
world of Journalism, with a special focus on the crisis that affects the
traditional old written press. Will the newspaper be vanished? This is one of
the issues which the present study looks forward to uncover. The new phenomenas that appear in the digital
news through the Internet, such as the blogosphera
and other new ways to spread information on the web, the new technologies and solutions
which have being used to do the news, are other focus of this Master’s
dissertation. After setting this new Journalism’ scenario, this study analyses
a case focused at Sao Paulo’s two
major newspapers, O Estado de S. Paulo
and Folha de S. Paulo and its
respective websites, Estadao.com.br
and Folha On-line. With this case and all risen data, this study
points new tendencies for the Journalism inside a world of information that,
each time more and more, flows through broadband connective lines, digital
binary language and miscellaneous computerized devices.
Keywords: Journalism; Internet; press; journal; webjournalism;
midia.
4.1.6 Prefácio
A Origem desta Dissertação
O projeto de pesquisa a
seguir nasceu quando o autor era professor do UniFIAMFAAM, onde lecionava Computação Gráfica, Editoração
Eletrônica e Webdesign, vinculado ao
curso de Comunicação Social, trabalhando no Campus
Morumbi em São Paulo. Sendo um professor mensalista, suas obrigações iam além
das aulas de computação, produção editorial e webdesign, completava-se sua carga horária desenvolvendo projetos
de websites e outros produtos
gráficos para a instituição. Em 2005, o centro universitário montou uma
diretoria de pesquisa e todos os professores mensalistas, como o autor,
deveriam desenvolver projetos de estudo vinculados às linhas de pesquisa que
foram estabelecidas para esse fim. Inicialmente, este foi um grande problema
para o autor, pois todas as linhas de pesquisa eram ligadas ao jornalismo, e
sua formação estava atrelada à habilitação de produção editorial, Internet e
tecnologia da informação. A grande questão era: o que pesquisar? Partindo do
fato de que a formação do autor nada tinha a ver com o jornalismo, foi
percebido ser este o único caminho possível para tal pesquisa: aprender o que
vem a ser jornalismo. Este talvez tenha sido o grande desafio inicial implícito
a este estudo, o objetivo maior que a ele se vincula: aprender jornalismo. O projeto concebido então
procurava englobar tudo que se pudesse saber sobre jornalismo, desde os seus
primórdios até a atualidade, quando se poderia então relacionar o tema com a
área de conhecimento do autor, trazendo-o de encontro a um cenário mais
familiar, dado que o jornalismo agora tem o seu espaço também através da
Internet. Nessa prerrogativa, o projeto que nasceu era muito amplo, pois ele
não foi concebido com o objetivo de se criar uma dissertação de mestrado, os
objetivos das pesquisas dentro da diretoria em que o autor estava inserido eram
fomentar atividades de iniciação científica, monitoria, publicações e
participações em seminários entre outras ações.
Foi assim que se iniciou
o projeto que se desenrola a seguir, apesar dele ter nascido por uma imposição
da instituição em que trabalhava, a partir do momento em que começou a desenvolver
o tema, o autor passou a se envolver com ele, fez algumas leituras, relacionou
com outras que fizera, montou uma bibliografia e buscou embasamentos, até
chegar na versão que foi a apresentada à Faculdade Cásper Líbero pela ocasião
do seu ingresso no programa de pós-graduação stricto sensu. Vale dizer que se pôde contar com a ajuda de vários
colegas durante essa fase inicial de concepção do projeto, professores que
ajudaram a desenvolver o tema, foram orientadores na ocasião, que merecem o
registro: Profª. Drª. Mônica Martinez, Profª Drª. Mirtes Torres e Prof. Dr.
Dilvo Peruzzo, responsável pela diretoria de pesquisa da FIAM. A linha de
pesquisa era o New Journalism,
mantida pelo Prof. Dr. Cláudio Tognoli. E na atualidade, ou seja, durante o curso de mestrado da Cásper Líbero,
vale destacar as dicas imprescindíveis do Prof. Dr. Laan Mendes de Barros, as
aulas conscientizadoras do Prof. Dr. Cláudio Novaes Pinto Coelho e a orientação
do Prof. Dr. Dimas Antonio Künsch, que foram fundamentais para a formatação
atual desta dissertação, para focá-la dentro dos objetivos que agora se buscam
atingir, assim como na caminhada para a sua conclusão que se espera seja de
contento para todos que nela se envolveram, pois assim foi o engajamento do
autor durante a sua execução.
4.1.7 Introdução
O estudioso espanhol Manuel Castells afirma:
“ingressamos agora num novo mundo de comunicação: a Galáxia da Internet”
(Castells, 2003: 9); o francês Pierre Lévy coloca: “O
consumidor não apenas se torna coprodutor da informação que consome, mas é
também produtor cooperativo dos ‘mundos virtuais’ nos quais evolui” (Lévy,
1996: 63); já o seu compatriota Jean Baudrillard adverte: “o cyberespaço (...)
determina a desertificação sem precedentes do espaço real e de tudo o que nos
cerca” (Baudrillard, 2003: 24); enfim, o canadense Marshall McLuhan filosofa:
“o novo transforma o seu predecessor em forma de arte” (McLuhan, 1964: 12). No
meio de todas essas citações, um ingrediente da sociedade contemporânea vagueia
de um lado para o outro, o Jornalismo.
Conforme anunciou o espanhol,
evoluímos da Galáxia de Gutenberg para a Galáxia da Internet, estamos na era da
informação e nessa nova era, uma tradicional instituição está em xeque, o
Jornalismo como mencionado. Soberano em sua atuação na sociedade desde os idos
da prensa gráfica de Gutenberg, hoje o Jornalismo sofre rupturas em suas
fundações seculares. A era da informação altera velhos paradigmas por onde essa
instituição se alicerçou, subvertendo através da Internet o papel que antes era
praticamente exclusivo dessa habilitação comunicacional. Assim demonstram
alguns estudos dos nomes citados no parágrafo anterior e que vão muito além,
são questões que vários estudiosos estão analisando e que são usadas para
fundamentar a pesquisa dissertativa que segue.
Nessa nova era da informação,
onde a Internet é o mais novo meio atuando na grande cena midiática do mundo
globalizado, o Jornalismo também ganha novos horizontes e busca o seu espaço
através da grande rede e, assim, apresenta a sua nova metamorfósica evolução, o
webjornalismo, ou jornalismo digital,
como muitos a ele se referem. Dentro dos novos paradigmas do mundo conectado
pela “rede das redes”, o jornalismo também nela se conecta, dessa forma, também
se analisa como é essa nova prática jornalística, como se dá essa nova mutação
do jornalismo sob a forma do webjornalismo, o que ele agrega ao tradicional, no
que ele inova? São perguntas necessárias quando se busca entender o contexto
onde o novo é co-ator do tradicional dentro dessa nova era de informação
incontrolável e abundante que nos traz a Internet, pois agora “tudo está
interligado” (Saad, 2003: 19), como nos diz a especialista em mídia digital
Beth Saad[1],
sim, tudo está interligado, inclusive o jornalismo.
Dentre esses novos paradigmas do webjornalismo,
está na seguinte frase do estudioso da Internet, professor J. B. Pinho[2],
algumas das características da grande rede que se deve averiguar dentro de sua
relação com o Jornalismo:
“A Internet é uma ferramenta
bastante distinta dos meios de comunicação tradicionais – televisão, rádio,
cinema, jornal e revista. Cada um dos aspectos críticos que diferenciam a rede
mundial dessas mídias – não linearidade,
fisiologia, instantaneidade, dirigibilidade,
qualificação, custos de produção e de veiculação, interatividade, pessoalidade,
acessibilidade e receptor ativo[3] –
deve ser mais bem conhecido e corretamente considerado para o uso adequado da
Internet como instrumento de informação” (Pinho, 2002: 49).
Esses são alguns dos paradigmas do novo meio que
são estudados nesta pesquisa para averiguar como eles se relacionam com o
webjornalismo e, um pouco além disso, como essas novas questões provenientes do
mundo da informação digital estão alterando a construção do espaço público, já que “na era do digital, o cidadão tem mais
condição de chegar à informação, ou ao obstáculo que o separa da informação”[4], como afirma o professor de ética
jornalística Eugênio Bucci[5]. Assim, com toda essa informação
disponibilizada, a Internet estaria criando uma novo “espaço público conectado”[6], que concerne a instituição jornalística
como um todo, seja na web, seja na TV
ou no jornal (e na relação dessas mídias como um todo). Como essa nova esfera
estaria se constituindo, é algo que esse estudo também busca analisar, nessa esteira,
interessa averiguar como se dá a relação do público com o jornalismo dentro
desses novos paradigmas e vice-versa. Dessa forma, também se busca elucidar
como o leitor/usuário é ‘coprodutor’ dentro desse novo espaço digital da
notícia, conforme colocado por Lévy no parágrafo inicial dessa introdução.
Sobre
as mudanças na relação entre o público e a notícia, um estudo do professor
Rosental Calmon Alves[7] traz um dado relevante, que demonstra
como o usuário da Internet, êle, é em grande parte o responsável pela ruptura
que está pondo abaixo os pilares da mídia: “Estamos
entrando numa era de mídias ‘eu-cêntricas’ (I-centric): o que importa é
que tragam o conteúdo que eu quero, quando eu quero, no formato
que eu quero, mas apenas quando eu o quiser”[8]. A
consulta a este estudo e outros semelhantes, entender essa questão que advém
das novas mídias, é parte de como esta pesquisa analisa a convergência midiática que acontece em relação aos meios
comunicacionais e sua binarização/conexão junto à Internet (com foco na questão
jornalística), que não é um fator tão somente tecnológico e sim,
comportamental, do público em relação às novas mídias, como complementa Calmon
Alves: “O leitor quer editar, não quer apenas ser editado por alguém”.
Dentro dessa convergência, novas iniciativas
aparecem, novas tecnologias que vão sendo utilizadas tanto pelos jornalistas e
suas tradicionais instituições noticiosas, quanto pelo público, como, por
exemplo, o fenômeno da blogosfera.
Nesta questão dos blogs, uma pesquisa
inglesa comissionada pela emissora Sky[9],
aponta que um em cada dez jovens[10]
tem o hábito de escrever para um diário oficial, enquanto 47% deles escrevem em
blogs. A pesquisa apontou ainda que
esses jovens gastam cerca de 4,5 horas semanais entre blogs ou sites de distribuição de conteúdo on-line, tais como Youtube, Myspace e similares. Cerca de 22% desse público têm o hábito de
escrever em seus blogs, ou “diários
virtuais”, cerca de cinco dias por semana. Esses dados são relevantes e
demonstram parte do escopo desta pesquisa, que analisa não somente a questão
dos blogs como nova expressão da
convergência do público sobre o mundo da notícia, mas também diversos outros
recursos e tecnologias – novas soluções
– como as exemplificadas nessa pesquisa da Sky
e outras, que vão se amoldando em torno do jornalismo e modificando a
relação deste com o público e a postura deste último frente ao mundo da
informação.
Entretanto, dentre os filósofos mencionados no
parágrafo inicial, está
na afirmação de McLuhan, uma das grandes questões que pairam sobre o Jornalismo
na era da informação. Na medida que a Internet traz novos paradigmas para o
Jornalismo, ela transforma velhas práticas dessa instituição em arte, o que
parece ser algo muito romântico, porém, nesse caminho ao “estado da arte jornalística”,
pode estar a explicação para a crise que vivem os jornais impressos na
atualidade, atônitos, em busca de sua vocação artística, já que a informativa,
a sua função fundamental até então, está sendo solapada pela Internet. Será?
Este é outro fator que se procura desmascarar no estudo a seguir.
Dentro das práticas jornalísticas afetadas pela
nova mídia, o tradicional jornal impresso, especialmente seus grandes e mais
antigos veículos, estaria em vias de extinção dada a introdução da Internet no
mundo da informação. Esta profecia apocalíptica é alvo de um estudo de Philip
Meyer[11],
que foi questionado pela revista inglesa The
Economist, em matéria que causou frisson
no mundo profissional e acadêmico do jornalismo. A edição de agosto de 2006 da
revista estampou em sua capa: “Who Killed
the Newspaper?” (Quem matou o jornal?). No interior da revista, um
parágrafo profetiza:
“De todos os meios ‘antigos’,
os jornais são os que têm mais a perder para a Internet. A circulação tem caído
nos Estados Unidos, na Europa ocidental, na América Latina, na Austrália e na
Nova Zelândia (nos outros lugares, as vendas sobem). Mas, nos últimos anos, a Web acentuou o declínio. Em seu livro The
Vanishing Newspaper[12],
Philip Meyer calcula que o primeiro trimestre de 2043 será o momento em que o
jornal impresso morrerá nos Estados Unidos, quando o último leitor cansado
colocar de lado a última edição amarrotada”.
Se o jornal impresso tende a desaparecer ou ser
relevado a um segundo plano em relação à Internet, a análise dessa questão é
algo que esse estudo busca levar em conta e tenta verificar até onde vai a sua
veracidade, pretendendo entender até que ponto a Internet influi na crise dos
jornais impressos, se ela pode mesmo ser responsabilizada pelo iminente
assassínio do jornal impresso.
Em artigo que analisa a “revolução das novas
mídias”[13],
o professor de ética jornalística, Caio Túlio Costa[14]
faz um ensaio demonstrando a dificuldade das empresas tradicionais de
comunicação lidarem com essa emergência digital, em especial da Internet. O
professor enfatiza que, apesar das várias opções de jornais digitais de que
dispomos hoje na rede, especialmente os brasileiros e ligados às instituições
tradicionais, nenhum deles ainda compreendeu os mecanismos de interatividade
disponíveis pelas tecnologias de informação da Internet, por isso tendem a
perder terreno para as empresas que se utilizam desses mecanismos e os
desenvolvem cada vez mais. Essas afirmações do professor são paradigmáticas, e
levam a duas questões que se colocam por traz da relação entre a Internet e as
velhas mídias, onde se situam os tradicionais jornais impressos. Em primeiro
lugar, a sinergia dos conglomerados
globais de mídia e dos grupos nacionais em suas transações com o mundo da
tecnologia da informação e das novas redes comunicacionais, e a questão dos
jornais brasileiros nessa relação com as novas mídias. A análise destas
questões levam aos bastidores da crise midiática que envolve as empresas
jornalísticas impressas, onde para tal, além de analisar como grandes grupos
internacionais estão desenvolvendo novas tecnologias para o jornalismo, tais
como a Google Inc, talvez o maior
empresa do ciberespaço da atualidade, busca-se entender como eles se relacionam
com os grupos locais de informação e com os novos públicos da era digital.
Assim, em segundo lugar, cumpre analisar como esses grupos locais de mídia
estão interagindo dentro dessa sinergia onde, por esse caminho, chega-se ao
objeto empírico desse estudo: como tudo isso se dá no contexto das empresas
brasileiras de mídia, ou seja, dentro do foco deste estudo, nas grandes
empresas jornalísticas nacionais.
Uma notícia recente do Jornal da Tarde informa[15]:
“Só percebe qualquer alteração cultural quem a observa muito de perto, como faz
desde julho o jornal MetaNews, mantido
pelo grupo Grupo Estado
exclusivamente no mundo virtual”. É a presença do velho jornal O Estado de S. Paulo dentro da Internet
e dentro do mundo virtual conhecido por Second
Life[16], já na TV, a propaganda
anuncia: “Clique ÃO!”. Por outro lado, o da concorrência, um videocast[17]
na web irradia: “Folha On-Line, a credibilidade da Folha na Internet”. Essas informações, que perambulam por todas as
mídias, direcionam ao alvo previamente mirado pelo presente estudo, demonstram
de forma prática a questão das novas tecnologias e da convergência midiática
mencionadas acima, e expõem o estudo empírico levado em conta nesta
dissertação. Assim, pesquisa-se como os dois maiores jornais paulistanos, O Estado de S. Paulo e a Folha de S. Paulo, estão sobrevivendo e
se adaptando no novo mundo digital binário da Internet, o que, obviamente, leva
em conta a análise dos seus respectivos websites,
o Estadao.com.br e o Folha On-line, onde observa-se as novas
práticas desses jornais frente e através do novo meio. É por meio desses dois
tradicionais jornais de São Paulo, ou melhor, através dessas duas
mega-corporações do mundo da notícia nacional, que se tenta entender como a
Internet está alterando o mundo da notícia no cenário brasileiro, de forma que
se possa analisar tendências para esses veículos dentro desse cenário midiático
digital, que se mostra cada vez mais abrangente.
Com a junção de todos esses fatores, as análises
bibliográficas e os diversos estudos e pesquisas acadêmicas, os dados
levantados, atualizados, quantificados e interpretados, o estudo de caso em
cima dos dois grandes jornais paulistanos, além das entrevistas com
especialistas dentro das questões levantadas, busca-se uma soma cujo extrato
aponta tendências para o mundo do jornalismo e sua inserção dentro da “Galáxia
da Internet”, inclusive analisando se o jornal impresso irá de fato sucumbir
diante ao novo meio e, enfim, se se pode entender como clarividêntica a
afirmação de Baudrillard no parágrafo primeiro desta introdução: irá o
‘cyberespaço’ desertificar o mundo
do jornalismo?
[1] Doutora e livre-docente em Ciências da Comunicação pela
ECA/USP-SP.
[2]
José Benedito Pinho, mestre e doutor em Ciências da Comunicação
pela ECA/USP-SP.
[3]
Grifos nossos. N.
do A.
[4] Ver “
[5]
Bacharel em Direito pela USP-SP e doutor em Ciências
da Comunicação pela ECA/USP-SP
[6]
Conforme termo utilizado
pelo estudioso estadunidense Yochai Benkler, na obra: “The Wealth of
Networks: How Social Production Transforms Markets and Freedom. New Haven and London:
Yale University Press, 2006”, p. 212.
[7]
Ex-correspondente
do Jornal do Brasil nos EUA e criador do JB Online, primeiro
jornal brasileiro na Internet.
[8]
Em artigo intitulado “Como se preparar para a mídia do "eu" de
Cláudio Tognolli, publicado no site “Observatório
da Imprensa” (www.observatoriodaimprensa.com.br,
16/08/2005).
[9] Conforme noticiado pela WBI Brasil, em http://www.wbibrasil.com.br/boletim.php?id_boletim=324,
10/04/2007.
[10]
Dados referentes ao público inglês. N. do A.
[11] Professor e pesquisador da University of North Carolinia,
além de experiente jornalista.
[12]
Obra que examinaremos. MEYER, Philip. Os jornais podem
desaparecer? São Paulo: Contexto, 2007.
[13] Em COSTA, Caio
Túlio.Por que a Nova Mídia é Revolucionária
in Revista Líbero nº 18. São Paulo: Líbero,
Dezembro 2006, pp. 19-30.
[14]
Professor da Faculdade Cásper Líbero (São Paulo-SP) e
doutorando em Ciências da Comunicação pela ECA/USP-SP.
[15] PRETTI, Lucas.
O segredo do Second Life em uma palavra
in Jornal da Tarde, Caderno Link, 10/01/2008.
[16] Realidade virtual em cenário tridimensional com conexão
multi-usuária de massa, que conecta em tempo-real pessoas de qualquer parte
do planeta através de um software dedicado. Veja o site oficial: http://www.secondlife.com.