A correria
atrás da notícia
Por
Vanessa Moretto
Entrevista
com Eduardo Tedesco, repórter da Revista VEJA
PM:
Como você ingressou na carreira de jornalista?
EDUARDO
TEDESCO: Estava iniciando o 1ª ano da faculdade de
jornalismo (1996), quando
resolvi procurar o responsável pelo jornal do meu bairro,
na cidade de São Paulo. Conversei com ele sobre uma oportunidade
no jornal e, para minha surpresa, recebi "sim" como resposta.
Então, começava a atuar em uma redação,
pequena é verdade, mas vivendo o dia-a-dia do jornalismo.
PM:
Como é o dia a dia da revista Veja?
ET: Correria, correria, correria. Parece um chavão,
mas não é não. Na verdade, cada equipe/ editoria
da redação tem seu ritmo. A revista tem vários
cadernos (páginas agrupadas) - que ficam prontos (editados
e impressos) em dias diferentes, para não sobrecarregar a
gráfica da editora e para não deixar os editores malucos.
Quem tem fechamento na terça-feira, por exemplo, corre mais
que aquele que fechará na sexta. Na sexta-feira à
noite, contudo, a revista tem de estar toda editada para seguir
para a gráfica. Caso contrário, os leitores não
receberão os exemplares no final de semana. Confesso que,
para saber o que é o dia-a-dia a revista, só ao vivo
e a cores mesmo.
PM:
Há quanto tempo você trabalha nela? Foi muito difícil
conseguir um emprego na revista?
ET:
Entrei em VEJA, em maio de 1998, a convite de um executivo da Editora
Abril que conhecia meu trabalho e acreditou que eu poderia ajudar
a redação de VEJA.
PM:
O que você faz exatamente?
ET:
Sou repórter de VEJA e atuo na seção de Cartas
da revista e no Atendimento ao Leitor, onde sou o coordenador. Mexo,
em média, com 2000 cartas, faxes e e-mails, que semanalmente
chegam à redação. Fico responsável pela
pré-seleção das opiniões que serão
publicadas na seção de Cartas, faço boxes (pequenas
matérias) sobre questões levantadas pelos leitores
e coordeno o retorno àqueles que procuram a redação
por algum motivo.
PM:
Em quais revistas você já trabalhou?
ET:
Antes de vir para a VEJA, trabalhei em jornais semanais de bairro
da capital paulista e em jornais diários, como o Jornal da
Tarde e o Lance.
PM:
Qual universidade você cursou?
ET:
Me formei em 1999, na FIAM, em São Paulo, SP.
PM:
Como é a vida de um jornalista?
ET:
Correria, correria, correria....
PM:
O que uma pessoa precisa para ser bom jornalista?
ET:
Além de gostar muito do que faz, ler bastante; estar bem
informado sempre; ter vontade e interesse para buscar novidades,
para resgatar informações históricas; além
de usar a criatividade e algumas virtudes pessoais no dia-a-dia.
PM:
A faculdade te deu uma boa base para começar ou a prática
é completamente
diferente do que se aprende?
ET:
Como disse anteriormente, iniciei na área nos primeiros meses
da faculdade. A FIAM deu, sem dúvida, bons conhecimentos
para mim. A vivência na área, no entanto, não
pode ser comparada a nenhuma grande aula.
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