PERFIL

Futuro jornalista almeja liberdade de expressão em pais "livre"

Por Caio Kauffmann.

Foi aproximadamente aos 13 anos de idade que Thiago começou a questionar. No mesmo ano da separação de seus pais, fáto marcante e bastante responsável pela sua atual personalidade, resolveu passar três meses na caatinga com seu avô, no interior do Ceará.

Marcado até hoje pelos contrastes sociais antes nunca questionados e causadores de grande reflexão, Thiago diz que talvez tenha sido essa a faísca inicial para a escolha do jornalismo como futura profissão.

Doce e sensível, responsabiliza a fria personalidade de seu pai pelo modo como prefere tratar as pessoas próximas. "Meu pai era muito estudioso e não nos dava muita atenção. Foi com mais ou menos 16 anos que resolvi ir contra sua personalidade, o que provocou vantagens e desvantagens".

Seu pai trabalhava na Receita Federal e era formado em direito, profissão essa que Thiago supostamente seguiria por aparentar ser uma justa profissão. Poder usá-la em defesa de "causas nobres" o motivava, mas diz ter constatado que o sistema judiciário só funciona, desde os velhos tempos, beneficiando os "mais adaptados" (aristocratas e pessoas "importantes").

Foi no Jornalismo que encontrou a oportunidade de trazer os problemas sociais que o afligem à sociedade, traduzindo-os e fazendo o povo humilde compreender o que se passa para poder interagir. Ele diz que que quer "obter credibilidade para poder falar do que acho importante, e não depender dos objetivos contestáveis e tendenciosos de certos redatores".

 

 
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